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E agora, sem mais enrolação...
Este é o quadro: “Mais uma história que a vida escreveu”
E hoje, vamos mergulhar na vida de um dos maiores cantores românticos que o Brasil já conheceu: Paulo Sérgio.
Paulo Sérgio de Macedo nasceu no dia 10 de março de 1944, na cidade de Alegre, no interior do Espírito Santo.
Criado em uma família simples, desde cedo teve contato com as dificuldades da vida, mas também com a música — que logo se tornaria seu maior refúgio.
Ainda jovem, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde passou a batalhar por seu espaço. E foi na capital fluminense que ele deu os primeiros passos rumo ao estrelato, participando de programas de calouros e apresentações em rádios.
Seu primeiro grande sucesso veio em 1968, com a música “Última Canção”.
O público logo se encantou com sua voz forte, carregada de emoção, e seu estilo dramático, que o aproximava de Roberto Carlos — tanto que, por um tempo, Paulo Sérgio foi chamado de “o Roberto Carlos da periferia”.
Mas não demorou para que ele mostrasse sua identidade própria. Com letras que falavam de amor, dor, perda e esperança, suas músicas tocavam o coração do povo.
Entre os muitos sucessos românticos, uma música se destacou por sua carga emocional única: “Meu Filho (Deus Que Lhe Proteja)”.
Diferente dos temas amorosos habituais, essa canção era uma verdadeira declaração de amor paterno.
Na letra, Paulo Sérgio canta com ternura e fé, desejando proteção divina ao filho.
Era como se abrisse sua alma para o mundo — e muitos pais e mães se emocionaram profundamente ao ouvi-la.
Essa música revelou um outro lado do artista: o homem, o pai, o ser humano sensível que existia por trás do artista famoso.
Apesar de tanto sucesso nos palcos, a vida pessoal de Paulo Sérgio era cheia de altos e baixos.
Teve romances, desilusões e momentos de solidão. A fama, embora encantadora, também cobrava seu preço.
Era um homem introspectivo, reservado, e que muitas vezes se refugiava no silêncio — especialmente quando os holofotes se apagavam.
Em 1973, com apenas 29 anos, Paulo Sérgio sofreu um derrame cerebral, que abalou profundamente sua saúde e carreira.
Ele ainda tentou retornar, gravou álbuns, fez shows, mas o corpo já não respondia como antes.
Sete anos depois, em 29 de julho de 1980, ele sofreu um novo derrame e faleceu, aos 36 anos, em São Paulo.
Foi uma perda irreparável para a música brasileira. O Brasil chorou a morte daquele que embalou amores e desilusões de uma geração inteira.
Apesar da partida precoce, a obra de Paulo Sérgio continua viva.
Suas músicas ainda tocam em rádios, coletâneas e no coração de milhares de fãs por todo o país.
Ele foi, sem dúvida, um dos maiores ícones da música romântica popular brasileira — e sua voz continua ecoando nos corações apaixonados.
Confira agora uma seleção de 10 grandes sucessos de Paulo Sérgio, que marcaram sua carreira e emocionaram o Brasil:
1. Última Canção
2. Meu Filho (Deus Que Lhe Proteja)
3. Pelo Amor de Deus
4. Capela
5. O Amanhã Espera por Nós Dois
6. Tenho um Amor Melhor que o Seu
7. Não Creio em Mais Nada
8. Preciso Dizer que Te Amo
9. Quero Ver Você Feliz
10. Não Desligue o Rádio
Essas músicas marcaram época, atravessaram gerações e continuam encantando os amantes da boa música até hoje.
E essa foi mais uma...
História que a vida escreveu.
Se você curtiu o vídeo, comenta aqui embaixo qual música do Paulo Sérgio é a sua favorita!
Tem alguma lembrança com ele? Alguma história vivida ao som das canções dele? A gente quer saber!
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Um forte abraço,
e nos vemos no próximo vídeo!
Um imitador de Roberto Carlos?
Poucos nomes foram tão associados a Roberto Carlos quanto o de Paulo Sérgio, um dos artistas mais populares dos anos 1960 e 70. Natural de Alegre, no Espírito Santo — cidade próxima a Cachoeiro do Itapemirim, berço do “Rei” — Paulo Sérgio viu sua vida mudar por acaso. Na época, ele trabalhava como alfaiate e era conhecido por tocar violão nas horas vagas. Um amigo, convidado a participar de testes na gravadora Caravelle, de Renato Gaetani, o chamou para acompanhá-lo no violão. Mas o destino tinha outros planos.
Durante a audição, os olhares se voltaram para o acompanhante silencioso que, ao cantar algumas músicas, surpreendeu a todos com sua voz. O timbre era incrivelmente parecido com o de Roberto Carlos, o que causou grande impacto. Rapidamente, a gravadora lançou seu primeiro compacto, com as faixas “Benzinho” e “Lagartinha”. O sucesso foi quase imediato e tomou conta do país.
A partir daí, Paulo Sérgio passou a ser rotulado como “o mais famoso imitador de Roberto Carlos”. Mas será que essa comparação era justa? Para muitos, não. E para ele, muito menos. Embora as semelhanças fossem visíveis — tanto na aparência quanto na voz e no estilo musical — Paulo Sérgio detestava esse rótulo. Afinal, talento próprio ele tinha de sobra, e não precisava se apoiar na sombra de ninguém, nem mesmo do Rei.
Foi em 1968 que veio o grande estouro nacional com a balada melancólica “Última Canção”, que vendeu mais de 300 mil cópias. O jornalista e pesquisador Paulo César de Araújo, em seu livro *Eu não sou cachorro, não*, descreveu bem o fenômeno: Paulo Sérgio surgia com “o mesmo sorriso tímido, os mesmos olhos tristes e o mesmo timbre de voz” de Roberto. A semelhança era tamanha que a imprensa chegou a declarar que “ouvir um ou outro praticamente não fazia diferença”.
Isso, claro, virou prato cheio para os veículos de comunicação da época, que começaram a alimentar a ideia de uma rivalidade entre os dois cantores. A CBS, gravadora de Roberto, lançou no fim de 1968 o LP *O Inimitável* — claramente uma resposta ao burburinho em torno de Paulo Sérgio, reafirmando o caráter único do ídolo da Jovem Guarda.
Apesar dos boatos, há registros de que, em 1973, os dois se encontraram num show beneficente no Hospital das Clínicas, em São Paulo. Nesse evento, fizeram questão de mostrar publicamente que não havia inimizade alguma — apenas invenções da mídia.
Ainda assim, o incômodo com a alcunha de “imitador” nunca deixou de acompanhá-lo. E essa sombra o perseguiu até sua morte precoce, em 1980, deixando para trás uma legião de fãs, muitas canções marcantes e um legado que vai muito além das comparações.